domingo, 2 de junho de 2013

Imprensa Gaaaaaaaay no Brasil


  O livro dessa semana é intitulado "Imprensa Gay no Brasil", da jornalista Flávia Péret. Uma amiga minha me mostrou esse livro a algum tempo quando estávamos na livraria Cultura, e já na época me interessei por ele. Como sempre, ele foi parar na minha lista de leitura, mas longe das prioridades e, portanto, adiava o momento em que ele deixaria as estantes da livraria para figurar na minha própria. Eis que minha professora de Introdução à Metodologia do Trabalho Científico nos passa um trabalho com a temática a nossa escolha. Escolhemos "A evolução da imprensa gay no Brasil" e finalmente arranjei um motivo para não mais adiar a aquisição do livro. E de fato, fico muitíssimo feliz por tal acontecimento.
  A primeira observação a ser feita é sobre o termo "imprensa gay", que se refere às publicações direcionadas ao público homossexual e por eles produzida. Reportagens e matérias com alusões a homossexuais em outros veículos midiáticos, então, não se enquadram nessa definição - mas nem por isso deixam de ser abordados no livro, pois constituem uma temática importante.
  Vale mencionar que me surpreendeu o número de publicações voltadas ao público GLS que existem ou existiram no Brasil. Para muitos, esse mercado se restringia a famosa G Maganize. E, aliás, quem nunca abriu uma edição dessa revista (como eu), ficará surpreso ao saber que ela não se restringe - ou não se restringia, originalmente - à pura pornografia. Embora hoje as colunas e matérias com temática política e cultura venham perdendo espaço nas páginas do periódico, nas suas origens eles ocupavam tanto espaço quanto o conteúdo erótico. Esse tema é muito abordado no livro de Péret, e na minha opinião de estudante de comunicação, é uma das partes mais interessantes.
  Também é mencionada, na obra, a censura que tal imprensa sofreu e continua a sofrer; a polêmica entre os esteriótipos e a "feminilização da homossexualidade masculina"; a aceitação social e individual da diversidade sexual. Muito bem escrito e fácil de ler, o livro pode ser devorado em uma tarde. A leitura é agradável e fluída, e pode interessar tanto ao público gay quanto a heterossexuais que simplesmente desejem se informar sobre o assunto.



Foto retirada do dicionário "Míni Houaiss"


Nenhum comentário:

Postar um comentário