domingo, 23 de junho de 2013

Linguagem e escola

                                              Bom, venho hoje comentar sobre este -excelente, diga-se de passagem- livro, "Linguagem e escola - Uma perspectiva social."
                                               Fiz a leitura deste livro para a realização de um seminário na disciplina de Sociolinguística, e acabei percebendo que este livro, claro, é mais voltado, principalmente, pros professores que trabalham com ensino de línguas/gramáticas, mas que qualquer pessoa que almeje ser professor, e/ou que esteja cursando uma licenciatura deve realizar a leitura deste livro.
                                               O foco deste livro é: "O fracasso na/da escola", "Deficiência Linguística", "Diferença não é deficiência", "Na escola, diferença é deficiência" e "Que pode fazer a escola?"
                                               Percebi neste livro o grande problema enfrentado por crianças, de classes desfavorecidas, nos colégios: A linguagem. Crianças que são de classes desfavorecidas sofrem preconceito por conta dos léxicos, pois -de acordo com a Ideologia da Deficiência Cultural- a criança não tem "acesso a cultura", e a "novas palavras", e assim a criança fica apenas restringida a falar o que ouve -e, não ouve a "língua" que é "ligitimada" nas escolas.
                                              Mostram que as crianças "falam errado", e tentam impor que elas "falem de acordo com as regras da Normativa", sendo que muitas vezes, até mesmo os próprios professores fogem às regras. Já na Ideologia da DIFERENÇA cultural, a criança tem, sim, cultura. TODOS TEMOS! E nenhuma é melhor que outra, cada uma é específica -e feita de acordo- com local, e as pessoas daquele local.
                                                O preconceito não fica só no lexical, pois muitos utilizam-se deste pra praticar (in)diretamente um preconceito SOCIAL.
                                                As escolas tem que ensinar as variações, e mostrar que não há o "certo", e o "errado", o "melhor", ou o "pior". Claro, isso é de acordo com a Sociolinguística, muitas pessoas não conseguem entender, ou melhor, Aceitar isso.

Um comentário:

  1. Gostei da resenha. Eu tinha pegado esse livro, uns dois anos atrás, na escola que trabalhava, mas o deixei de lado. Primeiro que Linguística não foi meu forte na faculdade (minha paixão era e é a Literatura e sua teoria), segundo que lecionar gramática não está nos meus planos. Mas a Linguística social é, até hoje, uma sombra preconceituosa. Eu sou adepta à norma culta, sempre gostei dela, mas as relevâncias sociais tornaram a língua mais abrangente, mais aberta.
    Sua resenha me fez ter vontade de ler o livro... quem sabe não o encaixo nas minhas leituras... =)

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